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Livro 5
Memórias de Glenio Bianchetti
organizadas por Ailema Bianchetti
1990 – 1999
A década de 1990 se inicia com uma exposição no novíssimo Museu de Arte de Brasília, chamada “Arte Brasília”, central para a compreensão do desenvolvimento de uma poética determinada pela capital. A convivência entre duas gerações de artistas, a dos que elegeram a “cidade nova” como sua morada – entre eles Athos Bulcão, Rubem Valentim e Glenio Bianchetti – e outra dos que já se formaram artistas na cidade – como Ralph Gehre, Elder Rocha e Francisco Galeno – elucidava as relações que se estabeleciam entre as obras e sua transformação que acompanhava o amadurecimento de Brasília.
Já no fim da década, um panorama da arte no Distrito Federal, editado em forma de livro e acompanhado de grande exposição em vários espaços da cidade, retratava um outro momento e a importância de Bianchetti como artista incontornável.
Em 1993, uma mostra individual do artista é exposta no Conjunto Cultural da Caixa, que vem acompanhada de uma apresentação de Antônio Houaiss. Nela, era possível identificar por onde andavam os olhos de Glenio: marinhas, mulheres em redes, natureza morta com cajus ... a paisagem do sul da Bahia se empunha e ao mesmo tempo enfatizava a fidelidade nas formas de retratar a bela banalidade da vida.
Em 1994, Bianchetti recebe a medalha do Mérito Cultural do DF. Brasília homenageia o artista que a adotou. Em 1998 nova homenagem com a medalha do Mérito Alvorada.
Em 1996, uma mostra em Goiânia abriu as comemorações de meio século de pintura do artista, que tinha 68 anos à época. Ele afirmava que “o artista plástico é um trabalhador como qualquer outro. Ele precisa da prática diária”...e Glenio assim o fazia, todos os dias, em seu ateliê. Neste mesmo ano e no seguinte, aconteceu também um reencontro do Grupo de Bagé, em exposição que itinerou por Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Brasília. A mostra analisava os desdobramentos do trabalho de cada um e a proximidade entre eles.
Mas o grande marco dos 50 anos de embate do mestre com as telas deu-se em 1999, em uma grande exposição “Glenio Bianchetti: 50 anos de Arte”, no Palácio do Itamaraty, que ocupou todo o andar térreo. O convite trazia um encontro entre o jovem Bianchetti trabalhando em seu ateliê, em Porto Alegre, com o outro, capturado no ano da mostra, pintando em seu espaço desenhado sob medida, em meio ao bosque que é a sua casa. Um trabalhador.
Esta é uma década de muitas participações do artista em mostras por vários países.
Marília Panitz
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